14 setembro 2013

Mega Man: A Série Animada


Olá amiguinhos: mais uma vez estoy aqui para falar de mais uma animação que marcou época, acho que nem da maneira como ela merecia. Hoje falaremos de Mega Man.

Criado por Kenji Inafune em 1987, foi uma das franquias mais populares dos anos 90. Atualmente está esquecido pela a empresa detentora do personagem Capcom, acredito que mais por seu criador estar fora da empresa. Talvez um dos personagens mais injustiçados atualmente, porém naquela época o que me deixou revoltado foi sua animação.

A animação foi uma parceria Japonesa- Americana com as empresas Capcom (a produtora do game), Ruby-Spears Productions (especializada em animações como o Bicudo o Lobisomem), a produtora Ashii (responsável pelo anime Macross 7) e a produtora canadense Ocean. Foi ao ar de 11 de Setembro de 1994 e terminou dia 10 de Dezembro de 1995. Foram duas temporadas e teve uma terceira planejada, porém cancelada.

A História conta sobre Dr Light e Dr Willy: dois brilhantes cientistas no ramo da robótica. Um após terimar um protótipo de um de seus robôs o mesmo enlouquece e começa a destruir o laboratório. Dr Light imediatamente conclui que foi devido a um problema de programação de seu amigo o Dr Willy. O mesmo com raiva, rouba o protótipo construído e o dá o nome de Protoman.

Mais tarde o Dr Light constrói dois robôs que os dá os nomes de Rock e Roll, posteriormente outros robôs Ice Man, Guts Man e Cut Man. Todos os robôs são roubados pelo Dr Willy e somente Ice, Cut e Guts Man são reprogramados. Rock e Roll Conseguem escapar eganando o cientista e quando retornam ao laboratório Dr Light resolve reconstruir Rock com uma armadura e transformá-lo em Mega Man, enquanto Roll modifica seu braço como uma arma multi uso (que usa utensílios domésticos). Também foi criado o cão cibernético Rush, que era uma emulação do Scooby Doo na série. A série tinha um clima de sentai sempre coma Tríade Guts Man, Cut Man e um robô random da franquia do personagem que sempre o hérói copiava sua habilidade e usava para salvar o dia.

Os personagens tinham um visual mais masculinizado, segundo as produtoras foi para que a série tivesse mais apelo ao público gringo. Mega Man deixou de ser um robô infantil (que era a proposta do game) para ter uma forma mais adolescente:


Além da aparência mais bombada, eles comumente lutavam a base da porradaria, sem usar suas habilidades. Outro que sofreu mudanças foi o rodo Eddie que de vermelho ficou verde. Outro destaque vai para Protoman que vira um robô totalmente fiel ao Dr Willy, quando no game tem a personalidade de robô rebelde.

Nos Estados Unidos


Mega Man estreou no bloco Saturday Morning em 1994 com a ideia de atingir o público pré adolescente e causando rejeição pela audiência Mainstream devido a muitos conceitos alterados do universo do jogo para a série animada. E foi dado participação maior a robô Roll que na série era uma personagem coadjuvante. Segundo os criadores era para tentar atrair meninas para o show. Mais tarde outros personagens de outro universo da franquia apareceram na segunda temporada: X, Vile, Spark Mandrill e Sigma o que levou-se a crer que estes ganhariam série própria posteriormente.

Apesar da série ter sido bem popular foi cancelada por ordem da Capcom pressionada pela Ban Dai que estava insatisfeita com as baixas vendas da linha de brinquedos:


A gente até imagina porque....

No Brasil.


Em nossa terra o desenho estreou num bloco dominical de animes e cartoons do SBT mais ou menos entre 1995 e 1996  (Iniciado por Tom and Jerry Kids) se eu bem me lembro as 11 da manhã, depois de uma animação igualmente bizonho do Street Fighter (que tinha o erro de seguir o roteiro do filme). O desenho rodou toda a programação do SBT e sumiu da grade da emissora lá pros anos de 1999/2000. Lembro-me de vozes conhecidas entre os personagens na versão brasileira: Mega Man teve a voz de Marcelo Campos (Jabu em Cavaleiros do Zodíaco e Artemis em Sailor Moon), Wendel Bezerra (O eterno Goku de Dragon Ball Z) como Protoman e Letícia Quinto (Saori de Cavaleiros do Zodíaco) como Roll.

A linha de brinquedos da série nunca chegou por aqui, apesar da Ban Dai ter representante por aqui (Samtoy) acredito que não teve muito interesse, afinal lucrava bem demais com Cavaleiros do Zodiaco e Power Rangers. Vídeo? rolou uma fita com os dois primeiros episódios nas locadoras que posteriormente foi lançada em coleções de vídeos para crianças em banca de jornal (quem lembra de comprar o jornal de domingo e pagar mais um troco para levar pra casa muitas vezes produções de quinta categoria?).

Em paralelo com a série animada rolou um quadrinho do personagem Made in Brazil que a história também não tinha nada a ver com a série nem com o game:



Acredito eu que o boom do personagem por aqui se deu a animação e em uma parte aos quadrinhos. Assim como Street Fighter e Mortal Kombat que terão suas versões animadas a serem contadas por aqui. Bom assim fecho a animação a ser comentada do mês. Fiquem com a abertura do desenho bem como o comercial de sua linha de brinquedos:










Nenhum comentário: