Na última quinta-feira, deparei-me com esta foto, postada pelo nosso
parceiro Piziitoys, maior empresa importadora de colecionáveis da
América Latina, que fornece para a maioria das lojas e e-shops que
conhecemos. A imagem é de uma série de bonecos Cloth Myth, recém
chegados legalmente ao Brasil, que foram encaminhadas para serem
“testadas” pelo conceituado Inmetro, pois foram considerados brinquedos
pela chinfrim e nojenta fiscalização portuária nacional.
Apesar
da caixa de luxo, especificação de idade na embalagem, acompanhar
documento do fabricante que apresenta o produto como colecionável e
explicações, a nossa inteligência aduaneira considerou que o material
como “brinquedo”. Assim como regularmente acontece, uma exagerada
amostra foi encaminhada para ser quebrada pelos babuínos especialistas,
para garantir que as crianças brasileiras não se machuquem.
Apesar
de odiar Cloth Myth, não tem como não me indignar com o comportamento
indígina de nossa aduana, pois isso acontece com praticamente todos os
colecionáveis que chegam à terra do carnaval. Além da carga ficar
encalhada no porto por dias, às vezes ser parcialmente subtraída pelos
gnomos noturnos, das abusivas taxas de desembaraço que são convertidas
em bolsas–vagabundagem, extorsão dos estaleiros (em comum acordo com as
autoridades), fretes, etc, parte do material é destruído para provar que
estamos no Planeta dos Macacos.
Para a minha surpresa, vejo na
página da empresa aborigenes defendendo esse comportamento de
fiscalização, argumentando que isso faz parte do negócio, que isso
impede que criancinhas sofram acidentes, que é apenas uma pequena
amostra da carga, que são apenas brinquedos, etc. Possivelmente, esses
são os mesmos que reclamam dos altos preços de coisas importadas nas
lojas.
Gostaria de propor ao Inmetro que testem e quebrem o
pinto desse pessoal que apoia esse tipo de fiscalização burra e
corrupta, pois gerarão (se já não geraram) filhos tão idiotas quanto os
pais. Se há uma série de situações que comprovam que aquilo não é para
criança, qual a argumentação inteligente para o ocorrido. É muito fácil
concordar ou se conformar com esse “quebra-quebra”, pois o prejuízo está
saindo do bolso de um terceiro.
Não preciso mencionar que essa
situação confirma o hábito nacional de não conectar o cérebro à boca
(ou às mãos, no caso do teclado) antes de expor qualquer opinião. Como
diria minha sábia vó, “pimenta no fiofó dos outros é refresco”.
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