30 maio 2013

Apenas Brinquedos Quebrados


Na última quinta-feira, deparei-me com esta foto, postada pelo nosso parceiro Piziitoys, maior empresa importadora de colecionáveis da América Latina, que fornece para a maioria das lojas e e-shops que conhecemos. A imagem é de uma série de bonecos Cloth Myth, recém chegados legalmente ao Brasil, que foram encaminhadas para serem “testadas” pelo conceituado Inmetro, pois foram considerados brinquedos pela chinfrim e nojenta fiscalização portuária nacional.

Apesar da caixa de luxo, especificação de idade na embalagem, acompanhar documento do fabricante que apresenta o produto como colecionável e explicações, a nossa inteligência aduaneira considerou que o material como “brinquedo”. Assim como regularmente acontece, uma exagerada amostra foi encaminhada para ser quebrada pelos babuínos especialistas, para garantir que as crianças brasileiras não se machuquem.

Apesar de odiar Cloth Myth, não tem como não me indignar com o comportamento indígina de nossa aduana, pois isso acontece com praticamente todos os colecionáveis que chegam à terra do carnaval. Além da carga ficar encalhada no porto por dias, às vezes ser parcialmente subtraída pelos gnomos noturnos, das abusivas taxas de desembaraço que são convertidas em bolsas–vagabundagem, extorsão dos estaleiros (em comum acordo com as autoridades), fretes, etc, parte do material é destruído para provar que estamos no Planeta dos Macacos.

Para a minha surpresa, vejo na página da empresa aborigenes defendendo esse comportamento de fiscalização, argumentando que isso faz parte do negócio, que isso impede que criancinhas sofram acidentes, que é apenas uma pequena amostra da carga, que são apenas brinquedos, etc. Possivelmente, esses são os mesmos que reclamam dos altos preços de coisas importadas nas lojas.

Gostaria de propor ao Inmetro que testem e quebrem o pinto desse pessoal que apoia esse tipo de fiscalização burra e corrupta, pois gerarão (se já não geraram) filhos tão idiotas quanto os pais. Se há uma série de situações que comprovam que aquilo não é para criança, qual a argumentação inteligente para o ocorrido. É muito fácil concordar ou se conformar com esse “quebra-quebra”, pois o prejuízo está saindo do bolso de um terceiro.

Não preciso mencionar que essa situação confirma o hábito nacional de não conectar o cérebro à boca (ou às mãos, no caso do teclado) antes de expor qualquer opinião. Como diria minha sábia vó, “pimenta no fiofó dos outros é refresco”.

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