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Durante muito tempo a gente foi deixado de lado e fomos chamados de estranhos, de loucos, de antissociais e mesmo assim a gente nunca deixou de ser quem a gente é.
Só que agora parece que ser nerd voltou a incomodar e muito. Nesse vídeo eu vou falar sobre como os nerds, aqueles que pensam por conta própria, que têm memória e que amam as histórias de verdade, estão sendo atacados de novo. Mas dessa vez não é só bullying de escola, é algo muito maior, mais organizado e mais perigoso. E sim, tem gente acordando, tem gente questionando, mas ainda somos poucos.
E é por isso que a gente precisa conversar sobre isso. Então, respira fundo, vem comigo, porque hoje a gente vai lembrar porque de verdade nunca foi modinha e sempre foi resistência.
Se tem uma coisa que une nerd é o fato que a gente nunca foi como o resto. Desde pequenos a gente foi visto como os estranhos, alguns mais quietos, outros mais empolgados. Mas todos nós tínhamos um ponto em comum. A cabeça sempre estava em outro lugar.
Enquanto o grupinho da escola falava de roupa da moda, de festa, de pegação, a gente estava falando de Pokémon, Star Wars, Cavaleiros do Zodíaco, Senhor dos Anéis, Teorias Malucas de Multiversos, Códigos Secretos, Livros de Ficção, combos de RPG, macetes de jogos ou desenhando personagens inventados no caderno.
Algumas meninas preferiam carregar um mangá na mochila ao invés de maquiagem. E muitos meninos sabiam mais sobre videogame do que sobre futebol, e por isso eles eram vistos como fracassados.
Vieram os apelidos: CDF, maluco, esquisita, antissocial, criança demais. Tudo isso só porque a gente não fazia questão de ser igual aos outros.
Como dizia Nicolás Gómez Dávila: “A originalidade é punida porque os medíocres não suportam o que não conseguem entender.”
O mundo sempre exigiu obediência. Quem anda com a manada é recompensado com aceitação. Mas o nerd de verdade sempre pensou por conta própria.
Quando ser nerd virou moda
Aquele menino zoado por saber tudo sobre ficção científica, ou aquela menina que vivia desenhando personagens de anime no caderno, de repente começaram a ser vistos com outros olhos.
A cultura pop mostrou que aqueles esquisitos eram criativos, inteligentes, apaixonados de verdade. Foi quando os super-heróis estouraram no cinema, quando o videogame virou arte, quando as séries mostraram que o nerd podia ser protagonista.
Por alguns anos, ser nerd deixou de ser ofensa e virou identidade. Todo mundo queria usar camiseta de super-herói, dizer que era fã da Marvel, fingir que amava Tolkien.
O problema começa aqui
Aqueles nerds excluídos e ridicularizados cresceram. Hoje ocupam os melhores cargos, os empregos mais valorizados, os setores técnicos e criativos mais importantes do mercado.
São eles que movem a inovação, que sustentam as franquias, que compram livros, games, ingressos e action figures. O nerd virou público pagador.
Mas em vez de respeitar, as grandes empresas e militâncias resolveram manipular:
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Empurraram discurso político em franquias.
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Substituíram boas histórias por representatividade forçada.
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Colocaram bandeirinhas sem alma no lugar de personagens profundos.
Quando os nerds reclamaram? Foram atacados. Chamados de tóxicos, nerdolas, incéis e fóbicos.
Nerdola: insulto ou resistência?
No Brasil, inventaram o termo “nerdola” para ridicularizar quem critica. Mas a comunidade fez o oposto: transformou em bandeira de resistência.
Hoje, ser nerdola é ser fiel às raízes. É não aceitar Star Wars usado como panfleto, nem Tolkien como cartilha ideológica.
Como dizia George Orwell: “Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado.”
E o nerd de verdade não esquece.
Por que o sistema odeia os nerds?
Roger Scruton já dizia: “A mente independente é o maior inimigo da máquina de controle.”
E é isso que incomoda:
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O nerd lembra como era.
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O nerd questiona incoerências.
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O nerd discorda de narrativas rasas.
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O nerd não pede aprovação para existir.
Enquanto os normies seguem qualquer modinha, o nerd continua autêntico, livre e incontrolável.
Ser nerd é resistência
O nerd de verdade é a última linha de defesa contra um mundo pasteurizado, onde todos pensam igual.
Chamem de nerdola, de tóxico, de esquisito. Não importa. O nerd de verdade não se vende e não se cala.
Texto baseado nesse vídeo:
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