Após aparecer vestido de “Monaliso” em uma festa de Halloween organizada pela Rede Globe, o influenciador Felka voltou a ser o centro das atenções — e, claro, das polêmicas. No momento em que escrevo este artigo, este vídeo em questão já está com pouco mais de 50 milhões de visualizações. O que é impressionante, enquanto este pobre mortal que vos fala nem tem seus videos chegando a 30k.
De um lado, há quem veja Felka como um porta-voz legítimo de temas sensíveis. Do outro, há quem enxergue um personagem fragmentado, incoerente e movido pela conveniência. Afinal, o homem que criticava a grande mídia agora trabalha para ela.
“Adultização”: o estopim de uma guerra digital
Quando Felka publicou seu vídeo sobre adultização infantil, parecia que o Brasil inteiro havia acordado para o tema. O vídeo explodiu nas redes, virou pauta de telejornais e reacendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais. Pouco tempo depois, o governo aprovou a chamada Lei Fel (PL 2628) — uma proposta que, segundo seus defensores, protege os jovens, mas que críticos enxergam como uma ameaça à liberdade de expressão.
Coincidência? Talvez não.
O que chama atenção é que, enquanto canais menores foram derrubados ou silenciados, o nome Felka cresceu — e, de repente, foi convidado pela própria Globo para apresentar um programa sobre saúde mental.
O novo Felka: de crítico da mídia a rosto da emissora
Entre a genialidade e a manipulação
Seria Felka um artista performático que usa o caos como arte? Ou apenas mais um produto daquilo que ele mesmo denunciou — a adultização, a exposição, e a busca incessante por relevância?
A internet parece não saber mais onde termina o personagem e começa o homem.
Assim como o protagonista de Fragmentado, interpretado por James McAvoy, o influenciador parece carregar múltiplas versões de si mesmo. O “Felka moralista”, o “Felka crítico”, o “Felka apresentador da Globo” — todos coexistem em uma mesma figura que, paradoxalmente, critica o sistema enquanto se alimenta dele.
O preço da influência
Talvez o maior problema não seja Felka em si, mas o que ele representa.
Vivemos em uma era em que qualquer um pode ser canonizado como herói digital da noite para o dia — e cancelado na manhã seguinte. O caso de Felka é um espelho do que a sociedade de influência se tornou: um teatro de máscaras, onde a moral e o marketing andam de mãos dadas.
Seja ele um gênio ou apenas mais um personagem da era do algoritmo, uma coisa é certa: a internet cria ídolos, mas também os consome com a mesma velocidade.
E se existe uma lição em toda essa história, talvez seja a mesma do Batman:
Ou você morre como herói… ou vive o bastante para se tornar o vilão.
Felka pode até vestir a fantasia da Mona Lisa, mas o verdadeiro retrato que ele pinta é o da hipocrisia moderna — onde o discurso é flexível, e a coerência é descartável.
Para quem ainda deposita fé cega em influenciadores, aqui vai um conselho simples:
nunca conheça seus heróis.
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