Nos últimos dias, o mundo do entretenimento foi sacudido por uma notícia inesperada: o programa Jimmy Kimmel Live, exibido pela ABC (de propriedade da Disney), foi suspenso por tempo indeterminado. A decisão veio após declarações polêmicas feitas pelo apresentador durante um monólogo que rapidamente viralizou nas redes sociais.
O que motivou a suspensão de Jimmy Kimmel?
No episódio exibido em 15 de setembro, Kimmel afirmou que o atirador responsável pelo assassinato de Charlie Kirk teria vínculos com grupos de direita ligados ao movimento MAGA, apoiadores do ex-presidente Donald Trump.
A fala foi duramente criticada, já que as investigações oficiais da polícia não encontraram qualquer ligação política do suspeito. O comentário foi interpretado por parte da imprensa e do público como uma tentativa de desinformação em rede nacional.
Além disso, o apresentador teria se recusado a pedir desculpas, mesmo após pressão interna e externa. Essa postura levou Bob Iger, CEO da Disney, a optar pela suspensão temporária do programa.
Reação imediata: pressão dos dois lados
A decisão da Disney colocou a empresa no centro de uma batalha cultural:
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Liberais e progressistas classificaram a suspensão como censura e ataque à liberdade de expressão.
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Conservadores viram o episódio como a prova de que o apresentador usava sua plataforma para atacar apenas um lado político, cobrando sua demissão definitiva.
Esse conflito gerou um cenário de ameaças de boicote de ambos os lados, deixando a Disney em uma posição delicada diante de seu público e investidores.
Impactos financeiros e ações em queda
Segundo rumores do mercado, após a fala de Kimmel e o início da polêmica, a Disney teria perdido cerca de US$ 3 bilhões em valor de mercado. Grandes afiliadas, como Nexstar e Sinclair, chegaram a retirar o “Jimmy Kimmel Live” de suas grades de programação, intensificando a crise.
Apesar da queda inicial, as ações da empresa voltaram a subir quando surgiram especulações sobre a demissão definitiva do apresentador. Isso demonstrou como a imagem de Kimmel estava diretamente associada à instabilidade do grupo.
Famosos entram no debate
A polêmica não ficou restrita ao universo político. Diversas celebridades também se manifestaram:
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O ator Noah Centineo, por exemplo, comprou um plano anual da Disney+ e em seguida o cancelou como forma de protesto. A atitude foi vista por alguns como “lacração”, mas lembrada por críticos como ineficaz, já que a Disney manteve o valor pago e o ator ainda teria um ano de serviço disponível.
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Outros artistas se manifestaram em defesa de Kimmel, classificando a suspensão como um ato de “censura perigosa” por parte da empresa.
O alerta da FCC
A crise ganhou novos contornos quando Brendan Carr, comissário da FCC (órgão regulador de comunicações nos EUA), fez declarações públicas cobrando providências da Disney. Segundo ele, caso nenhuma medida fosse tomada, a empresa poderia enfrentar escrutínio regulatório.
Esse posicionamento pode ter pressionado ainda mais a Disney a agir contra o apresentador, demonstrando que a polêmica ultrapassou o campo midiático e alcançou a esfera regulatória.
O futuro do programa
Qual público a Disney pode perder?
De acordo com dados recentes de audiência, o “Jimmy Kimmel Live” já vinha registrando queda de quase 50% na sua média de telespectadores nos últimos anos. A maioria da sua base atual se concentra em públicos urbanos, liberais e progressistas, enquanto parte significativa dos conservadores já havia abandonado o programa.
Além disso, pesquisas de mercado mostram que a Disney+ tem forte adesão entre famílias jovens e liberais, especialmente em grandes centros urbanos, enquanto enfrenta maior resistência em regiões mais conservadoras dos EUA.
Diante disso, especialistas acreditam que a Disney tende a proteger seu público progressista, mesmo que isso custe críticas do lado conservador. Afinal, são esses consumidores que mais alimentam suas plataformas de streaming, parques e produtos licenciados.
A suspensão de Kimmel, portanto, parece ter sido mais uma medida para controlar danos imediatos com investidores e reguladores, sem significar necessariamente que a empresa está disposta a romper com a sua base de audiência progressista.
A Disney pode até perder apoio momentâneo de parte dos progressistas por suspender Kimmel, mas a tendência é que ela preserve esse público a longo prazo — porque é ele quem sustenta financeiramente a maior fatia do império do “rato”.
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