Por Dr. Paulo Liberalesco – Diretor do CERENA (Centro de Reabilitação Neuropediátrica, Curitiba-PR)
Imagine uma pergunta simples — daquelas que qualquer mãe, com carinho e preocupação, poderia fazer: “Por que foi tão difícil descobrir que meu filho tinha autismo nível 1, mesmo ele mostrando sinais desde criança?” — Mas essa suposta “simplicidade” esconde várias camadas de complexidade.
O que diz o manual: critérios formais para diagnóstico
Déficits na comunicação e interação social;Padrões restritos e repetitivos de comportamento/interesses;Prejuízo significativo em algum contexto — escolar, social ou ocupacional.
Ou seja: não basta “achar parecido”. Não dá para “pegar um ou dois sinais” e concluir que é TEA. É necessário que os três grupos de critérios estejam presentes, mesmo que de forma sutil.
Se esses critérios são atendidos, os sintomas têm intensidade menor — ou seja: a pessoa exige menos suporte. Mas a presença dos critérios é indispensável.
Por que o diagnóstico “leve” costuma passar despercebido
Sinais sutis e menos intensos
Mistura com outros quadros neuropsiquiátricos
Estereótipos sobre o “autista típico”
Comportamentos atípicos “por cima”
Máscara social e adaptação
Por que é fundamental que as avaliações sejam detalhadas e cuidadosas
Quando alguém procura uma avaliação para autismo nível 1, não basta “desconfiança” ou “suspeita”. É essencial que o profissional — psicólogo, neuropediatra ou psiquiatra — faça uma análise clínica completa: considere a história de vida, observe comportamentos em diferentes contextos, avalie comunicação, rotina, interesses, interação social, reações sensoriais, entre outros aspectos.
Avaliação superficial ou baseada apenas em “achismos” corre alto risco de falso negativo (não diagnosticar) — e, pior, de deixar a pessoa sem o apoio e as adaptações que poderiam fazer toda a diferença em sua vida.
A diferença que faz toda a vida
Quando o diagnóstico é feito corretamente, mesmo sendo “leve”, abre-se um leque de possibilidades: intervenções terapêuticas, adaptações escolares ou laborais, suporte emocional e social — aquilo que transforma rotinas, relações e autoestima.
Por isso, não basta “achar parecido”. É preciso que os critérios do DSM sejam respeitados. E, acima de tudo, que o olhar seja sensível e informado, livre de preconceitos ou estereótipos.
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