Essa semana tô meio escasso de idéias pra postar, enfim vos deixo um texto que li no jornal ontem. Ainda tocando no caso do massacre em Realengo:
Impossível evitar perguntas e não arriscar respostas diante de um episódio tão aterrador como o massacre de estudantes numa escola em Realengo, no Rio. "Como pode? Por quê?", talvez sejam essas a síntese de todas as indagações que percorrem nossas mentes assustadas frente a tamanha crueldade. "Matar crianças assim, como pode? Por quê?" Na sexta-feira, num texto brilhante, o editor do Destak no Rio, Márvio dos Anjos, questionou as tentativas de explicação que surgiam no calor da hora e deu a sua resposta: "É mais fácil aceitarmos, primeiramente, que Wellington jamais fará sentido". Ele tem razão. Não há o que explicar, só o que lamentar.
Passados alguns dias da terrível tragédia, começa a se consolidar a ideia de que as ações de Wellington são fruto de uma mente perturbada que foi submetida à incompreensão e à crueldade de seus antigos colegas naquela mesma escola. Ele teria sido uma vítima do chamado bullying, a palavra que importamos do inglês para descrever a crueldade infantil contra os mais fracos e menos adequados. Mas quanta gente foi alvo desse tipo de perseguição quando criança e não se torna um assassino? Esse tipo de explicação busca se apoiar no papel do ambiente social. Teriam sido as condições em que Wellington viveu e as dores que sofreu que o levaram a tal patamar de loucura. Pode ser reconfortante pensar assim. Ora, basta melhorarmos a convivência nas escolas, combatermos a desigualdade e ampararmos os mais fracos para evitar episódios como esse, certo? Errado.
Não é a sociedade que torna o homem mal, ela é quem limita a maldade inerente à natureza humana. Se pudermos proteger os desprotegidos, melhor. Mas o mal existe e sempre vai se manifestar pelas mãos daqueles que cedem a ele, seja pela loucura, seja pela razão exacerbada.
Muitos se surpreenderam por esse ser um episódio raro no Brasil. "Agora, importamos até crimes dos Estados Unidos", comentam alguns. Até parece que no tocante ao exercício da maldade precisamos importar algo. Wellington só é raro porque matou crianças dentro de uma escola. Quem não se lembra da chacina da Candelária? Ali, eram meninos de rua sendo mortos por policiais. Onde estava a loucura? E os jovens que queimaram um índio em Brasília? Ou o grupo de garotos que espancou um mendigo até a morte na Paraíba no ano passado?
Passados alguns dias da terrível tragédia, começa a se consolidar a ideia de que as ações de Wellington são fruto de uma mente perturbada que foi submetida à incompreensão e à crueldade de seus antigos colegas naquela mesma escola. Ele teria sido uma vítima do chamado bullying, a palavra que importamos do inglês para descrever a crueldade infantil contra os mais fracos e menos adequados. Mas quanta gente foi alvo desse tipo de perseguição quando criança e não se torna um assassino? Esse tipo de explicação busca se apoiar no papel do ambiente social. Teriam sido as condições em que Wellington viveu e as dores que sofreu que o levaram a tal patamar de loucura. Pode ser reconfortante pensar assim. Ora, basta melhorarmos a convivência nas escolas, combatermos a desigualdade e ampararmos os mais fracos para evitar episódios como esse, certo? Errado.
Não é a sociedade que torna o homem mal, ela é quem limita a maldade inerente à natureza humana. Se pudermos proteger os desprotegidos, melhor. Mas o mal existe e sempre vai se manifestar pelas mãos daqueles que cedem a ele, seja pela loucura, seja pela razão exacerbada.
Muitos se surpreenderam por esse ser um episódio raro no Brasil. "Agora, importamos até crimes dos Estados Unidos", comentam alguns. Até parece que no tocante ao exercício da maldade precisamos importar algo. Wellington só é raro porque matou crianças dentro de uma escola. Quem não se lembra da chacina da Candelária? Ali, eram meninos de rua sendo mortos por policiais. Onde estava a loucura? E os jovens que queimaram um índio em Brasília? Ou o grupo de garotos que espancou um mendigo até a morte na Paraíba no ano passado?
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