19 março 2015

Recordar é Viver #11 - Dragon Ball no Brasil e Seus Games (1995-2001)



Olá amigos, mais uma vez estou aqui com mais uma edição de R.E.V. Nesta vamos lá buscar as esferas do dragão. Falarei de Dragon Ball mais de como conheci e foi divulgada a série, não vou falar sobre o criador ou coisas que a Wikipédia falaria dessa animação tão popular.

O primeiro contato que eu tive com o nome do Dragon Ball Z foi na finada revista Videogame número 27 (veja a revista completa Clique Aqui):  a revista tratava de uma análise e dicas de Super Butoden 1 um conhecido jogo de luta do Super Nintendo (Super Famicom):


Posteriormente, com a chegada de Cavaleiros do Zodíaco as emissoras e a imprensa especializada começou a se mexer e correr atrás de outras produções para competir em atenção com a animação de Kurumada. Até a própria emissora (Manchete) corria atrás de outras produções afim de ter uma variedade nas sua programação de desenhos e séries. Até que Dragon Ball foi parar no SBT onde foi exibida incompleta na emissora:


A animação, apesar de ser interessante, não impactou a popularidade de CDZ. Acredito pelos motivos de que Cavaleiros tinha uma história com Mitologia que faziam mais sentido a nossa cultura que o Dragon Ball e pela infelicidade de cair numa emissora como o SBT que historicamente demora para renovar episódios de desenhos normais, imagina de um anime como Dragon Ball. Produtos foram lançados por aqui: bonecos do Goku, Kuririn e Yancha, dominó entre outros..., só que timidamente porque Cavaleiros era a animação do momento.



Quando em 1999 a Animax (revista informativa da época) noticia em uma de suas edições que Dragon Ball Z iria passar na Band nas tardes durante a semana. O que foi recebido com grande surpresa e alegria por mim. Só que lembro que foi sem nenhuma divulgação e planejamento - jogaram o anime ali pra ver no que que dava. E acabou colando: teve boa audiência, expandiram trazendo mais animações e fundaram o bloco chamado Band Kids... enquanto o SBT na surdina reprisava a série que eles tinham desde 1995 no Bom Dia e Cia, sem passar os episódios que faltava: ou seja, ficava uma lacuna entre Dragon Ball e Dragon Ball Z. Só mais tarde (em 2002) quando a animação estava nas mãos da Globo é que a primeira animação foi exibida. Com censura, mas foi.

Nesse histórico notamos como as animações Japonesas são tratadas aqui: jogam na mão de um distribuidor e causa essa "bagunça" na hora de exibir. Nada é feito de uma maneira organizada e de respeito ao fã. 

No quesito games, devido a sua grande popularidade no Japão, o desenho ganhou várias versões de jogos adaptando suas sagas. Boa parte deles é bem ruim, lembrando que aqui é uma análise dos jogos que costumava jogar em consoles dos anos 90 a 2001 (no caso Playstation e Super Nintendo). Claro que houveram jogos para outros consoles que eram presentes aqui (como Sega Saturn e Mega Drive), mas como eram versões parecidas com os que vão ser citados e não tive a oportunidade de jogar na época, não serão citados.

Dragon Ball Z Super Butouden 2 (Super Nintendo) - Esse foi o segundo jogo da série Dragon Ball que joguei, na verdade esse jogo (assim como o 3) ficou muito conhecido por ter sido amplamente pirateado na época. Ainda mais no auge do desenho. Aqui conta a história da saga do Cell - no caso ele já alcançado sua forma perfeita (o que acontece em Super Butouden 1) e depois parte para o arco dos filmes especiais do Bojac e do Broly (este você só enfrenta se não perder nenhuma luta no hard). Existe alguns truques pra fazer no jogo como deixar os personagens pequeninos e jogar com o Goku e o Broly que são secretos. Tradicionalmente como todo o jogo da série Butouden era possível se distanciar de seu rival deixando a tela dividida.

Dragon Ball Z Super Butouden 3 - O pior da série: apesar de melhorar muito a jogabilidade comparado aos anteriores ( e isso não adiantar nada para tirar a ruindade do jogo), o jogo é o mais fraco da série que não é lá grande coisa. A maior parte dos lutadores é Goku e guerreiros Saiajin e os vilões Darbura e Majin Boo. Neste game é possível aumentar a velocidade do jogo e também desbloquear o Trunks do futuro como lutador secreto (eeeh mais um Saiajin). Cenários pouco interessantes e com o tema se baseando na saga do Majin Boo (a pior arco do Dragon Ball na Minha Opinião).


Dragon Ball Legends (Playstation)- O jogo mais completo e acessível (pra época) e divertido de se jogar. Aqui o jogo cobre toda a saga Z de Vegeta até Majin Boo. Com uma jogabilidade mista de estratégia e luta bem interessante e não é difícil de aprender. Praticamente você controla todos os personagens da série, joguei muito emulando e no console Ps1 na casa de amigos, é um jogo que ainda preciso revisitar.


Dragon Ball Z Ultimate Battle 22 - Game de luta versus do PS1. Esse game usa na cara de pau os sprites do jogos Butouden de SNES (tanto que a movimentação dos personagens ainda é dura) somado a cenários 3D mais feios que a Pedreira da Toei. O jogo possui 22 personagens a serem selecionados, sendo 5 secretos. Na época que joguei essa maravilha no emulador não tive paciência pra desbloquear esses ditos secretos, então imagina a maravilha de jogo que é isso.







Dragon Ball GT Final Bout: Essa "maravilha" foi o último game lançado pro PS1 - era o game que os camelôs daqui colocavam quando Dragon Ball era uma Febre por causa da intro fodona, mas quando você chegava ao jogo em si, era a píor experiência que todos os jogos da saga Super Butouden juntos. Jogabilidade travada, bonecos que socam o ar e acertam o personagem... Nem o 3D bem regular que o jogo apresentava salvava o desastre. Esse eu desisti na primeira tentativa e nem depois de dar uma chance consegui jogar esta joça.




Bom pessoal, por hoje é só com mais um episódio de Recordar é Viver com o especial Dragon Ball. Acho que todos viveram esse período devem sentir saudades ou pelo menos ter conhecido os games de Goku e seus amigos. Claro que em sua maioria não foi a experiência gratificante que esperavam, mas pelo menos hoje podemos curtir bons jogos da franquia nos consoles atuais. E relembrar como o anime chegou e essa demora em perceber a grande popularidade dele é uma lição que a Toei e qualquer distribuidora japonesa deveria entender e quem sabe aprender a distribuir e trabalhar com suas marcas por aqui. Abraços e até a próxima!

Nenhum comentário: