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28 novembro 2025

A Nova Cultura da Empatia Seletiva: Por que Parte da Sociedade Defende Criminosos Enquanto Demoniza Quem Segue a Lei? A Resposta Está em Wicked — e Ela é Perturbadora

 



A contradição que ninguém quer discutir.

Nos últimos anos, cresceu uma narrativa poderosa — e controversa — no debate público: a de que criminosos merecem mais compreensão do que os cidadãos que obedecem às leis.
Esse deslocamento moral, associado sobretudo aos discursos progressistas, levanta perguntas delicadas:


Quando a empatia vira conivência?

Até onde vai a responsabilidade individual quando tudo é atribuído ao “sistema”?

É possível defender justiça social sem cair na romantização do crime?


A discussão ficou emocional, polarizada e, pior ainda, cheia de contradições


E o que poucos percebem é que essa virada não começou na política — começou na cultura pop, especialmente quando passamos a reescrever vilões como vítimas.


O caso mais emblemático?

Elphaba, a Bruxa Má, transformada em heroína no musical Wicked.


A era dos vilões “inocentes”: quando o mal deixou de ser mal


Até os anos 90, vilões eram vilões.
Mas a cultura pós-moderna começou a fazer algo revolucionário: reexplicar o mal.

A lógica passou a ser:

“Se existe um vilão, deve existir um trauma que justifique cada ato dele.”


O resultado?

O mal deixa de ser maligno.

O criminoso deixa de ser culpado.

O herói vira cúmplice da ordem opressiva. 


Essa mudança não é trivial — ela moldou uma geração inteira a enxergar o mundo pela ótica da vítima como centro moral absoluto

E é aí que entra Elphaba.


Wicked: a história que virou chave na cabeça de milhões


Em O Mágico de Oz, a Bruxa Má é um símbolo do mal.
Em Wicked, ela é uma jovem discriminada, rejeitada, vítima de injustiças estruturais.
A vilania vira efeito da sociedade.

Elphaba é:

Preconceituada por sua aparência

Silenciada pelo governo

Traída por amigos

Caçada por tentar expor um sistema corrupto


O público, naturalmente, torce pela vilã e passa a ver os “heróis” como tiranos


Essa releitura mexeu profundamente com a sensibilidade moderna:

Se até a Bruxa Má era só uma vítima, então quem mais na vida real pode ser “vilão por engano”?

Quando o criminoso vira “a Elphaba do mundo real” 

A nova forma de contar histórias produziu uma mudança política explosiva:

o crime passou a ser explicado antes de ser condenado

o criminoso virou produto da desigualdade

o indivíduo virou menos responsável

a sociedade virou mais culpada


Ou seja:

A narrativa substituiu a moral

E, com isso, surge o fenômeno que tanto divide opiniões hoje:
simpatia intensa pelo criminoso
vs.
suspeição crescente sobre o cidadão comum “obediente”.

Ser “law-abiding” virou motivo de crítica, como se seguir regras fosse automaticamente apoiar injustiças sistêmicas. 


A problematização que ninguém quer encarar


Esse movimento objetiva:

expor desigualdades históricas

combater simplificações

incentivar políticas de prevenção, não só punição.


Mas também produz efeitos colaterais graves:


empatia seletiva que exclui vítimas reais de crimes

inversão moral, onde agressor vira “resistente” e cidadão vira “culpado”

infantilização do indivíduo, tratado como incapaz de escolhas

erosão da responsabilidade, essencial para qualquer sociedade


No limite, defendendo tanto o criminoso, corre-se o risco de desumanizar quem sofre as consequências do crime.

Essa contradição raramente é admitida por medo de ser rotulado como “insensível”, “reacionário” ou “anti-justiça social”.


Queremos justiça… ou uma boa história? 


A moral de Wicked é perigosa quando aplicada sem limites:


“Todo vilão é uma vítima, então toda vítima pode ser um herói.”

Mas a vida real não é um musical.

Nem toda pessoa que faz o mal é fruto apenas de trauma.
E nem toda pessoa que segue a lei é cúmplice de opressão.

O desafio da sociedade atual é equilibrar empatia e responsabilidade, sem cair na ficção confortável de que basta culpar o sistema para resolver dilemas morais complexos.

A pergunta que resta é:


Estamos defendendo justiça real… ou apenas buscando narrativas emocionantes que nos façam sentir virtuosos? 





 

 




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