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09 setembro 2025

Geração Z está abandonando os concursos públicos no Brasil

 


Nos últimos anos, um fenômeno vem chamando a atenção: a queda no número de inscritos em concursos públicos no Brasil. O que antes era considerado o “sonho dourado” de estabilidade e vida garantida, agora está perdendo espaço, principalmente entre os jovens da geração Z.


A queda no número de inscritos.


Em 2024, o governo Lula lançou o primeiro Concurso Nacional Unificado (CNU). Foram 2,1 milhões de inscrições, um número impressionante. Porém, pouco mais de 970 mil candidatos apareceram para fazer a prova. Ou seja, mais da metade desistiu antes do exame.

Já em 2025, a situação mudou radicalmente: apenas 760 mil pessoas se inscreveram. Isso representa uma redução de mais de 50% em apenas um ano. Ainda é muita gente, mas a queda mostra que o fascínio pelo concurso público não é mais o mesmo.


Por que tanta desistência?


Existem vários motivos para esse desinteresse crescente:

  • Concorrência absurda: em alguns casos, são 20 mil pessoas por vaga, o que faz muitos desistirem antes mesmo da prova.

  • Desânimo geral: 54% dos inscritos em 2024 sequer compareceram no dia da avaliação.

  • Rotina engessada: o trabalho público é visto como estável, mas também como tedioso e burocrático.

  • Baixa remuneração em muitas áreas: salvo raras exceções, os salários não são tão atrativos assim.

A visão da geração Z

A geração Z já vem mostrando rejeição à CLT tradicional. Para muitos jovens, empregos com carteira assinada ou concursos públicos representam falta de liberdade, pouca flexibilidade e limitações de crescimento.

Eles preferem alternativas como:

  • Trabalhos por tarefa (gig economy)

  • Empreendedorismo digital

  • Carreiras autônomas com maior autonomia de horários

O raciocínio é simples: se já não querem CLT, muito menos desejam passar a vida inteira num cargo público sem perspectivas de inovação.


Impacto para o Brasil

Esse movimento pode ser visto como algo positivo. Quando os melhores talentos deixam de mirar os concursos públicos e passam a atuar no setor privado, há:

  • Menos desperdício de inteligência em funções burocráticas

  • Mais inovação e criatividade no mercado

  • Maior impacto econômico com geração de novos negócios

Enquanto isso, países como Estados Unidos e nações da Europa já tratam os cargos públicos como opção secundária — e o Brasil parece estar caminhando para essa mesma realidade.


O fim da era dos concursos?


O concurso público ainda garante estabilidade e uma vida confortável, mas dificilmente proporciona crescimento real ou grandes conquistas financeiras. Quem busca independência, impacto e oportunidades, tende a encontrar mais no setor privado.

A pergunta que fica é: será que estamos assistindo ao início do fim da era dos concursos públicos no Brasil?

Fonte Relacionada: Site Poder 360