18 dezembro 2018

Não Foi Feito Pra Você: Quando Você Segrega O Remake de um Público Óbvio.




Pois bem a idústria do entretenimento não vive nos seus melhores dias: hoje se vive de uma polêmica envolvendo a repercurssão em cima de reinvenção de animações que foram sucesso no passado. Produções podadas pelo politicamente correto.



A consequência e a não a aceitação pelos fãs das antigas versões desses produções. O que vem sendo alvo da mídia. O centro desta argumentação está em "o produto não é pra você". Então por que fazer um remake de uma coisa que já existe com um público cativo se não há interesse em explorar este público? Não faz sentido ter um produto seja este filme, animação ou série que se foque em um público só, no caso a nova geração.

Isto é dar um tiro no pé. Veja bem: mesmo com a existência de um produto clássico todos aqueles que curtem o universo daquele personagem gostam de uma nova história. Quem não gostaria de um remake de Caverna do Dragão? Histórias boas não envelhecem, recontá-las e corrigir um ou outro erro de roteiro é benéfico pra ela, CDZ que o diga. 



Mesmo em remakes e continuações há divergencias: há quem goste mais de Dragon Ball Z, outros gostam mais do Super. Veja se existe alguma perseguição midiática em cima dessas pessoas? E se ocorre discussão com uma continuação de uma série, imagina quando ela é refeita ou se muda o sexo do personagem, um redesing infeliz ou uma mudança no comportamento deste personagem? Se a nova versão for boa e tiver aceitação de boa, mas vai ter pessoas não gostando dessa versão. O que é perfeitamente normal e sadio dentro de uma sociedade democrática. É inevitável quando se mexe na memória afetiva de um público que haverá repercussão, positiva e negativamente. Nenhum dos lados deve ser reprimido ou escrachado midiaticamente. 



Esse pessoal do entretimento moderno ocidental, dos criadores a imprensa, só tem criado um ambiente de conflito cultural a esmo, forçando coisas como representatividade e priorizando isso ao entretenimento. Resultando em antipatia pelo público. Se precisa tanto de algo para o público atual seria mais válido a criação de novas animações para este que eles dizem tanto existir, além de estabelecer mercadologicamente. Quanto aos remakes, se eles querem continuar com isso que ao menos deixem que o público julgue aquilo que ele quer ver: ele é o consumidor. Se ele levou aquela produção no passado para o status de cult, ele pode sim criticar.



Quando você utiliza o não foi feito pra você, acaba restringindo a produção quando ela poderia abraças tanto os novos fãs quanto os antigos.


11 dezembro 2018

Sobre Cavaleiros da Netflix, Representatividade e Perseguição aos Fãs.



No último fim de semana tivemos a revelação durante a CCXP do trailer da nova animação de Saint Seiya para a plataforma de streaming Netflix. O trailer mostrou algumas mudanças na série quanto a animação que agora é em 3D entre outros detalhes. Mas o que mais chamou atenção e polêmica foi Shun de Andromeda como uma integrante mulher.



A inclusao da personagem foi questionada pelos fãs que dentro do universo criado. O roteirista Eugene Son deu uma declaração genérica de que o mundo mudou: garotos e garotas lutam lado a lado, aquele papinho progressista. Isto motivou o descontentamento de diversos fãs, até porque a mudança se deu justamente com o cavaleiro que era considerado o mais sensível e feminino do quinteto, e por que Shun, agora como mulher, não usa máscara, uma condição obrigatória para as demais guerreiras da trama, as amazonas. Além da nova Shun não passar a mesma personalidade do personagem original, que é delicado e pacifista.



O que muitos não sabem e que essa nova versão dos personagens tem como alvo principal o mercado americano, cujo o anime foi lançado em 2004 e foi um fracasso comercialmente. A empresa que trabalhou com a série original foi a DIC (hoje DHX). Por lá foram exibidos 114 episódios com censuras bizarras nas cenas sangrentas:





 A Toei cedeu os direitos a Netflix para uma nova versão afim de conquistar os americanos com sua linha de produtos e colecionáveis. Assim como o criador da série Masami Kurumada não está tão preocupados com a descaracterização da série principal. Só quer colher os frutos dessa parceria. Assim como o caso do Dragon Ball Evolution, que o criador do universo inspirador do filme  Akira Toryama disse ter gostado da adaptação. O objetivo é vender os produtos da marca com uma versão mais palatável aos gringos, e como os produtores de séries e animações bebem atualmente da fonte do progressismo a qualquer custo, mesmo que este gere prejuízos muitas vezes. Consequentemente a nova série dos defensores de Athena passaria por essa adaptação forçada.



O fato é que a Netflix vem fazendo diversos remakes de séries e animações antigas e colocando inserções que desagradam os fãs do conteúdo original. E a mídia, principalmente a americana, vem atacando esses fãs. Como no caso do remake da She-Ra lançado em Novembro, em que a imprensa tem feito ataques massivos aos fãs que não gostaram da obra e utilizando espantalhos tratando estes com estereótipo de velhos de 30 anos. O que levou lá nos EUA a dubladora da série original indo em defesa dos fãs desta inclusive acusando a Dreamworks, detentora atual dos direitos da personagem, a tentativa de censura a qualquer crítica a série da plataforma. 

Mesmo assim, ainda tentam empurrar ideologias de representatividade em produtos consolidados muitas vezes de maneira errônea. Como no caso de Cavaleiros onde há mulheres guerreiras e fortes inclusive uma linha do tempo alternativa, com protagonistas mulheres.

 

Estamos num momento de guerra cultural intensa no meio do entretenimento com o material produzido acidentalmente,  tanto com as produtoras que insistem em empurrar a qualquer custo a política da diversidade sem sutileza, sensibilidade e respeito aos remakes de produtos conhecidos pelo público quanto pela mídia especializada do meio que caça  e perseguem os fãs que criticam e os perseguem de diversas formas, porque se não jogarem o jogo dentro desse meio comprometem suas carreiras mesmo que o produto não tenha qualidade.