A Netflix trouxe de volta Lara Croft na animação Tomb Raider: The Legend of Lara Croft, reinventando a icônica personagem de maneira tão drástica que muitos fãs questionam se o espírito da heroína original foi mantido. Lara, que uma vez personificou a coragem e a autossuficiência de uma arqueóloga destemida e independente, agora surge com uma imagem mais neutra, menos confiante, e uma personalidade abertamente vulnerável, o que mostra uma grande perda de identidade.
Na nova versão, as características clássicas de Lara são quase irreconhecíveis. Ela aparece com uma estética sem curvas e com uma personalidade mais insegura e emotiva, contrastando com sua representação clássica de mulher segura e independente. Essa abordagem busca tornar a personagem mais próxima do público contemporâneo, mas para muitos, sacrifica a essência de uma figura poderosa e destemida que, por décadas, inspirou gerações.
Além disso, a animação opta por se afastar de elementos clássicos da franquia, ignorando vilões icônicos, como Natla, que representava uma ameaça direta e ambiciosa. O enredo clássico, que contava com vilãs que personificavam antagonismos claros e ameaçadores, é deixado de lado em favor de uma reinvenção total da própria identidade de Lara, o que é uma oportunidade perdida.
Essas mudanças, porém, já vinham sendo construídas desde a linha “Survivor” dos jogos mais recentes, onde a Crystal Dynamics introduziu uma Lara introspectiva e humanizada. Embora essas características tenham trazido um novo tipo de profundidade à personagem, também reduziram o impacto de sua força e autossuficiência, transformando-a em uma figura mais frágil e com menos idealismo, aspectos que fizeram a Lara original um símbolo de poder e segurança.
A Netflix também aplica mudanças na orientação sexual e comportamento dos personagens secundários, aparentemente com o intuito de se alinhar a uma narrativa de inclusividade. No entanto, essas adaptações parecem forçadas e acabam diluindo a imagem da heroína icônica que, com sua independência e autossuficiência, inspirou diversas gerações.
A nova abordagem levanta uma questão: até onde se pode ir na reformulação de um personagem antes que sua essência se perca? Para muitos, a figura da mulher independente e segura de si é agora uma raridade, quase uma ausência, em nome de uma adaptação que prioriza fragilidade e insegurança. Ao deixar para trás a força icônica da personagem, *Tomb Raider: The Legend of Lara Croft* nos entrega uma heroína que não mais reflete o ideal de coragem e aventura que fez de Lara Croft um ícone.
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